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Foto do escritorTratando Escoliose

Adolescência e Autoestima


A adolescência é uma fase importante na formação do indivíduo, transitória entre a infância e a adultidade. Nela é iniciada a construção da individualidade, tomadas de decisões, gostos e preferências, despertar da sexualidade, entre outras coisas. Fase em que são feitas novas amizades de acordo com as afinidades, inicia a paquera e o namoro. Período em que os hormônios estão à flor da pele, fazendo com que os jovens fiquem mais propícios a impulsividade emocional. Não é à toa que alguns pais denominam essa fase de “aborrecência” devido aos tamanhos conflitos que os jovens podem passar.

É nessa fase que existe o mais importante e mais rápido dos “estirões de crescimento” (11 a 14 anos)

E é quando a escoliose idiopática pode se desenvolver.

Não bastassem os outros conflitos, os adolescentes que já possuem ou desenvolvem a escoliose idiopática, precisam lidar com mais um conflito : o seu corpo. Isso porque esse “corpo” estará se relacionando com outros corpos, seja na escola, no esporte, com o grupinho de amigos (as) no shopping, na praia/piscina usando roupas de banho, até mesmo na intimidade da paquera.

Além desse “corpo” estar direta ou indiretamente submetido a padrões de beleza da atualidade, acaba sendo observado e comparado de acordo com “um padrão de normalidade”, e o corpo escoliótico nesse caso acaba sendo considerado muitas vezes como “defeituoso”.

É provável que haja algum impacto negativo na vida social desse adolescente diante do prejulgamento de não ser aceito dentro dos padrões estéticos,

interferindo na sua autoestima e qualidade de vida.

Apesar do estudo preliminar de Durmala et al., (2015) não encontrar de forma clara a relação existente entre autoestima, funcionamento sexual e escoliose idiopática em mulheres com média de 20 anos, não podemos descartar que a escoliose idiopática tenha consequência na autoestima do adolescente, tendo em vista que a autoestima é definida como uma percepção do seu interior, que determinará uma relação favorável consigo mesmo(a). Não é estranho encontrarmos adolescentes com escoliose idiopática que mesmo com o perfil comportamental de extroversão para outras atividades, fazem de tudo para esconder o seu corpo, com uso excessivo de casacos, com restrições para colocar uma roupa de banho para ir à praia ou qualquer outra atividade que possa expor o seu corpo.

Portanto pode haver um potencial para a escoliose idiopática interferir na autoestima do adolescente, mas essa resposta será específica para cada um(a).

Por mais que os assuntos psicológicos devam ser tratados com o Psicólogo(a), devemos considerar que de alguma forma, profissionais capacitados no tratamento da escoliose idiopática podem colaborar com a melhoria da autoestima, e é de extrema importância que os próprios adolescentes e responsáveis tenham conhecimento dos avanços que estão sendo feitos na área. Referência Durmała J., Blicharska I., Drosdzol-Cop A., Skrzypulec-Plinta V. The Level of Self-Esteem and Sexual Functioning in Women with Idiopathic Scoliosis: A Preliminary Study. Int. J. Environ. Res. Public Health 2015, 12, 9444-9453; doi:10.3390/ijerph120809444








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