É uma doença da coluna vertebral conhecida pelo aumento da cifose torácica decorrente de alterações nas vértebras que se tornam encunhadas (em forma de cunha).
Não é uma cifose postural, mas sim, estrutural e a patogênese é desconhecida.
Estudos levam a crer que existe um comprometimento genético, além de causas mecânicas e inflamatórias, porém ainda não comprovadas.
A idade de aparecimento é entre 12 e 14 anos e acomete mais meninos que meninas.
A deformidade é a principal queixa, porém 50% dos casos que buscam atenção médica apresentam dor. Ao exame, nota-se a cifose torácica rígida e aumentada e as curvas da região lombar e cervical, que são compensatórias, também aumentadas. Ombros e cabeça encontram-se anteriorizados, além de haver encurtamento muscular de peitorais, isquiotibiais e psoas.
Os achados radiológicos que caracterizam a patologia são: ossificação endocondral desorganizada, estreitamento dos espaços intervertebrais e nódulos de Schmorl.
A formação em forma de cunha envolve pelo menos 3 vértebras e aumento da cifose maior que 45 graus do ângulo de Cobb. Podem ser vistas também alterações degenerativas nessa região. O tratamento é quase sempre conservador e inclui Fisioterapia, colete e medicação especificam quando há queixa de dor e processo inflamatório.
O uso de colete é indicado quando o adolescente ainda não atingiu a maturidade óssea e apresenta ângulo maior que 50 graus.
Acima de 70 graus há indicação cirúrgica, porém é mais raro. O tratamento Fisioterapêutico clássico inclui exercícios de mobilidade da região torácica combinados com alongamentos da musculatura anterior de tronco e membros inferiores e fortalecimento da musculatura posterior do tronco. O método Schroth, através das posturas específicas, combina respirações, mobilização da coluna, alongamentos e forças isométricas, afim de sustentar esta postura e a partir daí evoluir dentro dos objetivos traçados, seja para melhora estética, prevenção de progressão da deformidade ou diminuição do ângulo da cifose.
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Estudo recente publicado em janeiro/2019 apresentou resultados que indicaram que os exercícios tradicionais antigravitacionais ajudam na hipercifose, no entanto a terapia Schroth mostrou-se superior em prevenir e melhorar significantemente o ângulo de Cobb da torácica e as representações sintomáticas da doença de Scheuermann.
Referências: Bezalel T, Carmeli E, Levi D, Kalichman L. The Effect of Schroth Therapy on Thoracic Kyphotic Curve and Quality of Life in Scheuermann's Patients: A Randomized Controlled Trial. Asian Spine J. 2019 Jun;13(3):490-499. doi: 10.31616/asj.2018.0097. Epub 2019 Jan 24.
https://scoliosisclinic.co.uk/scheurmanns-disease/
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Muito legal o texto, incluiria também a Quiropraxia como parte do tratamento.